Iniciei minha vida sexual aos 26 anos, exatamente no meio da pandemia. Sempre evitei que esse momento chegasse justamente por ter medo de uma gravidez inesperada. Com esse novo momento na minha vida, vieram as responsabilidades do cuidado com a contracepção e doenças. Eu só tenho um parceiro sexual que é o meu namorado, foi com ele que perdi a minha virgindade durante a pandemia. Com o início da minha vida sexual veio a preocupação em relação a contracepção. Desde antes eu já tinha uma concepção em relação ao uso de anticoncepcionais, já que, minha família tem um histórico de problemas em relação a isso, e para piorar, eu sou sedentária.
Meu namorado tentou contra-argumentar em relação ao uso do ac, e eu quase tomei a injeção trimestral disponibilizada pelo SUS. A ginecologista que me atendeu não me ofereceu a opção da pílula em comprimido, e infelizmente, por eu ter um fluxo menstrual muito forte, não posso fazer a colocação de DIU.
Durante este 1 ano que estamos juntos, eu tomei a pílula do dia seguinte 4 vezes. Isso me deixou tão triste, mas a preocupação em relação ao deslize, camisinha que estourou etc, fez com que eu tomasse. Em duas situações, olho para trás e vejo que realmente eu não precisava ter tomado. Nós mulheres conhecemos o nosso corpo, porém, meu companheiro sugeriu que eu tomasse e eu sei que se eu não tivesse feito, eu ficaria com uma culpa imensa em minhas costas. Desde que comecei minha vida sexual nesta pandemia, meu método contraceptivo adotado é o combinado de camisinha e tabelinha.
[*Os nomes são inventados.]
Dados gerais da autora do relato:
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